Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".
8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

[Luís Fernando Veríssimo]

Teoria da Gestão do Conhecimento Aplicado à propósitos pessoais

Em uma aula sobre Gestão do Conhecimento, minha professora pediu em exercício para criarmos textos contendo 3 exemplos que diferenciassem dado, informação e conhecimento.

Minha complexidade (ou imbecilidade) de raciocínio permitiu que eu dissertasse os exemplos sobre parâmetros estranhos:
Ex. 01 - aplicado a acervos de centros de informação;
Ex. 02 - aplicado à processos de alfabetização; e
Ex. 03 - aplicado à propósitos pessoais.
Os itens 01 e 02 foram mais sérios e blá-blá-blá. Mas o item 03 superou!

"Um dia eu quis aprender filosofia. Aristóteles, Platão, Nietzsche e Heidegger foram me dados. Fui ao Google e busquei informações sobre eles: descobri sobre suas vidas, suas influências, suas teorias, obras, etc. Decidi ler obras de 02 deles. Após a leitura percebi que as preocupações humanas da antiguidade são as mesmas que as contemporâneas e não parei mais de filosofar."

O exemplo foi bem aceito. E eu fiquei feliz!

Pare e pense

Se eu paro e penso, eu paro.
Então é melhor não pensar.

Sigo e já não me importo,
e se não importa o que penso,
então desisti de tudo...
Principalmente de mim...

E mereço todo remorso,
de ter me deixado pra trás.

E estou sozinha, porque sozinhos somos!
Mas sei que muitas vezes é preciso parar.

Então Parei.

O que vou dizer aos meus netos?

Por opção de vida, você escolheu ser eternamente jovem.
Resolveu dedicar sua vida para se tornar um grande profissional. Resolveu estudar e fez tudo que pode para se tornar um profissional renomado e bem sucedido.
Não quis se prender a ninguém por que sua liberdade de escolha te fez um ser mais criterioso do planeta, e por ser quem tu és, achar alguém que comporte seu estilo de vida tornou-se mais difícil que achar príncipe em balada.
Entretanto, mesmo sendo uma pessoa bem sucedida, com uma carreira estável, um bom carro, um guarda-roupas espetacular e ter muitos amigos, percebe que é o ser mais insignificante e solitário do mundo. Mas nada que uma viagem para o exterior para espairecer.
Porém, de repente se depara com esse tipo de questão... Ao vasculhar a internet com seu computador mega-sônico, eis que encontra um relato que mexe com todas as questões que esse tempo todo você fez questão de empurrar pra baixo do tapete: o relato contava todas as peripécias da juventude de um homem, onde ele, com seus 50 anos, descrevia aos seus netos aquilo que passou durante as “boas fases da sua vida”.
Portanto ocorre o questionamento inevitável. E eu?
Cinqüenta e poucos terei daqui poucos anos e talvez nem tenha filhos... Imagina netos? E dá aquele invejinha do ser que escreveu o tal relato, afinal ele terá alguém pra contar algo... ou alguém a fim de saber algo sobre a vida dele. A situação ainda pode piorar se seus filhos resolvem ser jovens eternamente tanto quanto seus pais...
As escolhas são difíceis... e o pensar nas conseqüências tornam-se cada vez mais cruel... Principalmente quando se lembra daquela “tia”, irmã do primo da sua mãe, que era meia lélé e morava sozinha num casão estranho... E quando te via no natal te contava umas histórias estranhas e sem nexo...
Aquilo, que era passado, mas pode virar futuro... e o sujeito pode ser você.
As escolhas tem sempre seu lado sombrio.

Ainda bem, que eu aqui com meus trintinha, ainda sou jovem demais pra pensar nisso...

O complexo do vermelho

Vermelho...
Essa cor me dá fome!
Fome me lembra vazio.
Vazio, de quê?

E isso me lembra ausência
Não há o que comer!
O que existe é, e só!
E é vazio.

Ausência me lembra a falta!
Falta de tudo...
Do que tenho e do que não tenho...
Do que existe e do que invento...
Do que é concreto e do abstrato...

Vermelho me lembra vinho
Vinho me lembra sangue
Sangue me lembra, o quê?

é o ciclo,
infinito e sem-sentido!

Ai que susto!

Que horror!
Que cara é essa?
Foi atropelado por um caminhão pipa?
Que troço é esse, na sua mão?
Esconde isso!
Quem é você?
O que vocês estão fazendo?
Que mau humor!
Já tá fazendo barraco?
Foi abduzido ou veio de outro planeta?

Melhora essa cara!
Não tem como não continuar me assustando...

Que medo de você...

O Complexo da Dúvida

Eu não te conheço!
Eu não sei quem é você!
Finja o que quiser!
Que fingirei também!
Por que assim somos.
Se nem eu me conheço,
Por que te conheceria?
É mais fácil saber de você,
Do que de mim?
É sabendo de você,
Que saberei de mim?
Ou sabendo de mim,
Saberei de você?

Dúvidas Sociais e Humanas

Pois bem... Enfiei o rumo das minhas ações profissionais nas Ciências Sociais!

Nem sequer vou identificar qual a minha profissão para não causar reboliço na "classe" e nem encrenca com meus pares, pois sou uma entusiasta que ainda acredita que o mundo tem jeito através da formação de uma consciência coletiva que respeite o próximo, que aprenda a conviver pacificamente em sociedade, respeitando diferenças e culturas...

Entretanto, não sou ingênua e sei que Sociais, assim como Ciências Humanas, são áreas que não são muito valorizadas por estas bandas...

Observação: não sou marxista! Aliás, tenho muitas críticas a fazer! Também digo que está longe de mim a possibilidade de criticar aqueles dedicados aos outros conhecimentos - que nos são tão úteis e valiosos.

O pior (ou privilégio = depende do ponto de vista) de fazer parte daqueles que insistem em pensar é se intrometer com amigos que também estão no mesmo barco e com características iguais as suas.

E fica aquele caos produzido por mentes inquietas oriundas de filósofos, antropólogos, cientistas políticos, sociólogos, bibliotecários, historiadores, geógrafos, psicólogos, artistas, teólogos, educadores, assistentes sociais, cientistas sociais... que estão lutando para não ter suas vozes caladas por pessoinhas-pentelhas do primeiro grau escolar, pois muitos estão dentro das salas de aula tentando passar saberes úteis a muitos que nem sequer querem saber daquilo, ou mesmo, acham um monte de bobagens: afinal todo aquele blá-blá-blá não cabe para quem quer ser engenheiro!

E assim vamos sobrevivendo... até sentirmos vontade de não dizer mais nada e de não pensar mais nada (o que considero impossível!). Nos esforçamos tanto para oferecer sentido as coisas, explicar razões... e não nos sobra nem um, nem outro!

O jeito é continuar analisando teorias e fazendo teorias, por mais que ela não seja levada a sério. Mal eles que muitas dessas teorias, no princípio por nós consideradas vans, são criadas na base da fantástica combinação cerveja+amigos.

Nessas horas, os pertencentes desse mundo cruel, ou os "Pensadores Dedicados Que Tem Capacidade de Elaboração de Idéias Até em Mesa de Bar", que percebemos nossa importância e nossa vida se enche de graça...

Que alegria poder contrariar aquele filósofo especialista em Heidegger, ou debater os métodos sociológicos com base nos apontamentos de Durkheim com a amiga na fila do banheiro! Que orgulho dessas pessoas! Que respeito tenho a vossa inteligência!

Mas na hora de pagar a conta o bicho-pega: "_ Eu devia ter feito engenharia!"

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